Vidas negras importam https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br HIstórias, denúncias e referências para quem quer aprender, mudar e se desconstruir Tue, 07 Dec 2021 12:41:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Folha homenageia Dia da Consciência Negra com gesto de resistência https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/folha-homenageia-dia-da-consciencia-negra-com-gesto-de-resistencia/ https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/2021/11/20/folha-homenageia-dia-da-consciencia-negra-com-gesto-de-resistencia/#respond Sat, 20 Nov 2021 14:53:07 +0000 https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/ee1c602cc415905be1ddc26b145c281e1f26818f32e074d27b6e68b0d061ffa9_61990a63cf68e_preview-300x215.jpg https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/?p=196 Matheus Moreira

A Folha acrescenta neste 20 de novembro a seu cabeçalho o ícone do punho cerrado com o braço erguido, uma mensagem de que as vidas negras importam, para marcar o combate ao racismo.

Historiadores apontam que foi no século 19 que o gesto, de origem incerta, passou a ser difundido como símbolo de solidariedade, desafio e repúdio à opressão por movimentos de esquerda europeus .

Nos anos 30 do século seguinte, simbolizou a resistência espanhola ao franquismo. Assim ganhou sua conotação antifacista, que migraria para a iconografia dos Estados Unidos por meio dos mais de 2.000 norte-americanos que se voluntariaram para combater ao lado dos espanhóis em 1938.

Nos anos 1960, de reivindicação de direitos civis contra a segregação racial nos EUA, o movimento Black Power e o Partido dos Panteras Negras o incorporam como símbolo. Mas foram os atletas Tommie Smith e John Carlos que o popularizaram globalmente ao erguerem seus punhos cerrados no pódio das Olimpíadas do México de 196 em um protesto antirracista.

A Folha adiciona a bandeira do Brasil a seu cabeçalho no dia da Independência e na Proclamação da República, e neste ano marcou também o dia do Orgulho LGBTQIA+ com a bandeira do arco-íris.

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Com padre Júlio, curta busca arrecadar doações para população de rua; saiba como ajudar https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/2021/08/05/com-padre-julio-curta-busca-arrecadar-doacoes-para-populacao-de-rua-saiba-como-ajudar/ https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/2021/08/05/com-padre-julio-curta-busca-arrecadar-doacoes-para-populacao-de-rua-saiba-como-ajudar/#respond Thu, 05 Aug 2021 20:36:12 +0000 https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/WhatsApp-Image-2021-08-05-at-18.33.02-300x215.jpeg https://vidasnegrasimportam.blogfolha.uol.com.br/?p=130 “‘Fique em casa’. Onde é a casa do morador de rua?”

“‘Lave as mãos’. Aonde?”

“‘Use álcool em gel’. Como?”

Para o padre Júlio Lancellotti, o distanciamento social imposto pela crise sanitária talvez seja o mais natural para as parcelas desabrigadas do país, já que “todos mantêm distanciamento de quem vive nas ruas”.

À frente de uma pastoral dedicada ao acolhimento desses grupos em São Paulo, o padre de 72 anos tem ganhado projeção nacional nos últimos anos — e até atraído ameaças de jovens católicos por seu “progressismo”. Nas redes sociais, sempre descreve as cenas com que se depara cotidianamente na capital paulista como uma crise humanitária.

Desta vez,  ele se juntou à Orquestra de Câmara da USP (OCAM), ao Coral Paulistano Mário de Andrade e a poetas de slam no curta-metragem “O Olho da Rua”, lançado no dia 21 de junho. Dirigido pela TILT REC e BICHO e co-produzido pela Porqueeu Filmes, o projeto busca arrecadar doações para os sem-teto.

As contribuições são feitas à Paróquia São Miguel Arcanjo, da qual o padre é pároco, e podem ser realizadas através de depósito bancário ou transferência via pix. Os dados completos estarão no pé do texto.

Em uma das cenas, o poeta Lucas Afonso questiona: “Pandemia, desemprego, tá vázio o armário. Como pode aumentar a fome e [ao mesmo tempo] a renda dos bilionários?”

“Tá tudo ao contrário”, ele conclui.

Com a pandemia e a alta no desemprego, o número de famílias desabrigadas não para de crescer em São Paulo, acentuando uma tendência de crescimento que vinha, pelo menos, desde 2015 na cidade.

Enquanto isso, bilionários do mundo surfam no aumento da desigualdade e ficam ainda mais ricos.

Há ainda a chegada  de uma onda de frio histórica ao país, que atinge sobretudo o Sul e o Sudeste, tornando a situação de quem não tem moradia ainda mais dramática. 

“É inaceitável o grau de invisibilidade dos cidadãos que estão na rua. Especialmente agora que o inverno chegou e que, além da fome alarmante, essa população estará enfrentando o frio gelado de noites intermináveis”, afirma Gil Jardim, maestro da OCAM e idealizador do curta-metragem. “Não dá para aceitar que muitos morram congelados e sem assistência”.

O próprio padre Júlio tem apelado pela liberação de estações de metrô durante as madrugadas, como espaços de acolhimento pelo tempo que durar a estação.

No filme, ele ainda aproveita para descrever o que seria uma ajuda que todos poderiam dar, sem custos algum : “não discrimine, não seja cruel, não fale contra a população em situação de rua. Se aproxime, olhe, seja humano”.

 

Dados para doações

Pix 63.089.825/0097-96 Depósito em conta: Bradesco • Ag 0299 • C/C 034857-0 • CNPJ: 63.089.825/0097-96 • Paróquia São Miguel Arcanjo

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