Folha homenageia Dia da Consciência Negra com gesto de resistência
Matheus Moreira
A Folha acrescenta neste 20 de novembro a seu cabeçalho o ícone do punho cerrado com o braço erguido, uma mensagem de que as vidas negras importam, para marcar o combate ao racismo.
Historiadores apontam que foi no século 19 que o gesto, de origem incerta, passou a ser difundido como símbolo de solidariedade, desafio e repúdio à opressão por movimentos de esquerda europeus .
Nos anos 30 do século seguinte, simbolizou a resistência espanhola ao franquismo. Assim ganhou sua conotação antifacista, que migraria para a iconografia dos Estados Unidos por meio dos mais de 2.000 norte-americanos que se voluntariaram para combater ao lado dos espanhóis em 1938.
Nos anos 1960, de reivindicação de direitos civis contra a segregação racial nos EUA, o movimento Black Power e o Partido dos Panteras Negras o incorporam como símbolo. Mas foram os atletas Tommie Smith e John Carlos que o popularizaram globalmente ao erguerem seus punhos cerrados no pódio das Olimpíadas do México de 196 em um protesto antirracista.
A Folha adiciona a bandeira do Brasil a seu cabeçalho no dia da Independência e na Proclamação da República, e neste ano marcou também o dia do Orgulho LGBTQIA+ com a bandeira do arco-íris.